José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

15.9.11

" cenas normais "



(...) já a noite tinha sido iniciada, os pescadores juntos/ sentados/ calados/curvados / Olhavam presos por um fio emaranhado de leves & ondulados pensamentos aquele horizonte  como quem lia 1 texto bem  antigo.

entretanto as nuvens de um lado para o outro, dispersamente orquestradas pelo seu próprio destino, lá iam pavidamente diferentes.

Nada se cruzava &  tudo estava unido.

os barcos continuavam a baloiçar o cais. O mar sempre estivera ali como se fosse eterno. Como um eco profundamente humano  perdura sempre,  pelo poder dos olhares de muitas gerações.
E os pescadores aguardavam como quem espera e  tambémjá não, a hora da partida.
em casa, os filhos, trakinavam por comidas e as mães afagavam-lhes os cabelos, com um sorriso emprestado pelo aconchego  do útero.

Os pescadores - disse-me 1 dia um amigo vagabundo - viraram estátuas fixas-permanentes e ali estacaram, para o gáudio dos turistas que acudiam aos magotes e as crianças, agora pediam moedinhas com uma vida inteira moribunda nos olhares



(Out.2010)








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