Sr. da Pedra. Praia de Miramar. V. N. Gaia
( foto: j. a. m.)
alguém passeia-se algures por caminhos & paisagens onde ainda há árvores algumas aves pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de repente, por algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as suas mãos o olhar turva-se pelo brilho que o sol, atento a tudo onde há vida lhe oferece no mesmo instante e depois
há quem logo veja ali um presente, há quem não dê conta do vislumbre que lhe
aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as
águas de 1 rio que resvala por ali no seu ocaso indiferente a tudo isto.
Os hábitos escravizam, tornam-nos
cegos.
Todos os dias acontecem coisas
assim, parecem banais porque são diárias mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está acontecendo.
E por aqui os diamantes não têm
quaisquer preços são iluminadas fontes metafóricas criadas pela infindável
sede que também habita os profundos lençóis da Terra:
- quanto demora um olhar a ser luz?
(Ourique. Alentejo. Portugal)
- rascunho Nº331 -
Sem comentários:
Enviar um comentário