azulejos em Póvoa do Varzim. Foto : j. a. m. |
hoje peguei numa das
minhas naves do séc. XVI, coisa antiga para variar, meti-me ao caminho para Norte e vim parar à Povoa do Varzim, mais precisamente em A Ver-O-Mar.
(Tem muito a ver com os pescadores e eu soube há uns bons tempos que na anterior reencarnação fui um deles e morri no mar. Já agora, numa outra reencarnação anterior, morri no deserto.)
O mar vivo & aceso com 1 sol por cima, logicamente, que até mete inveja, está a meu lado como um companheiro para a minha solidão, prazenteira aliás. ( Quando é que eles acordam? )
Nesta esplanada onde as ondas se debruçam nos seus sons em cascatas muito agradáveis para os ouvidos & os olhos e a bem dizer, para o corpo todo.
Um barco de velas no alto mar, parece transparente, atravessa agora a luz espelhada na água pelo rei sOl e parece desaparecer por momentos. Até nas imensas águas deste mundo ele se espalha deleitado. Como é tão belo saber esta luz por dentro e por fora o reflexo direto e verídico do que funciona assim. As leis da Natureza em Tudo se demonstram.
A Maria, empregada de Pernambuco, estou cá há duas semanas que me serve as estrellas (1), tem um ar graciosamente sensível, ondula a sua maravilhosa bunda por entre as mesas & a simpatia dos clientes que surgem como cogumelos neste fim de tarde e ainda à pouco se lembrou de me trazer a caixa vermelha dos guardanapos de papel, que simpatia de menina. ( É tão fácil dispor bem um outro ser humano, com um simples gesto de atenção, não é? ) Alguns destes amigos vêm do trabalho e falam alto entre eles, como se tivessem muitas coisas adiadas para dizerem. Outros mais cansados aparentemente, agarram-se com afinco aos telemóveis e vice-versa & também ficam presos a uma atenção tão demorada que me deixa derrotado, mas logo recupero.
O copo amarelo pela cerveja, os tremoços tb amarelos, ambos juntos bem equilibrados em cima do corrimão branco da varanda com minúsculos espelhos, onde os azuis do mar se refletem e parecem eternos. E a sinfonia dos maravilhosos sons das ondas d´encontro aos meus 2 ou 200 ouvidos expectantes. Como é tão bom estar vivo. E o tal barco, feito de nevoeiro e magia voltou ao início, desliza agora outra vez no mesmo caminho outro.
- Maria, já reparou naquele barco além?
- Desculpe, sr., mas não vejo barco algum.
Entretanto: o jantar, algo comestível com um “Cabriz”(2) tinto que foi a empregada de avental preto que sugeriu ( a Maria basou, nem gorjeta levou), mas quanto ao prego a parte da carne nem se via praticamente que o digam os talheres. Como só consumo cadáveres raramente, não houve problema de maior, embora tenha assinalado a “gravidade do lapso” ao empregado que fez a fita de se mostrar servil, nem era preciso tanto pensei eu para com os meus botões, depois de um sorriso q.b. compreensivo & implicitamente altaneiro de cliente de fora, para concordar com o teatro.
Entretanto o ar escureceu de todo, nem horizonte, nem gaivotas, apenas umas luzinhas dispersas são barcos de pesca nesta zona ainda são possíveis embarcações pequenas onde meia-dúzia de pescadores salvam muitas vidas nos pratos dos restaurantes à beira-mar plantados à espera dos lucros, obviamente, venham os turistas, por aqui ainda há peixe fresco, serviços baratos, aproveitem que 1 dia destes nunca se sabe, até quando será?
Distraí-me a olhar o mar, um barco na luz, e eis-me então agora no laço final: café curto & Jack Daniel`s, com uma pedra. De gelo, feito com água da Serra da Estrela, gosto de saber estas coisas.
(Tem muito a ver com os pescadores e eu soube há uns bons tempos que na anterior reencarnação fui um deles e morri no mar. Já agora, numa outra reencarnação anterior, morri no deserto.)
O mar vivo & aceso com 1 sol por cima, logicamente, que até mete inveja, está a meu lado como um companheiro para a minha solidão, prazenteira aliás. ( Quando é que eles acordam? )
Nesta esplanada onde as ondas se debruçam nos seus sons em cascatas muito agradáveis para os ouvidos & os olhos e a bem dizer, para o corpo todo.
Um barco de velas no alto mar, parece transparente, atravessa agora a luz espelhada na água pelo rei sOl e parece desaparecer por momentos. Até nas imensas águas deste mundo ele se espalha deleitado. Como é tão belo saber esta luz por dentro e por fora o reflexo direto e verídico do que funciona assim. As leis da Natureza em Tudo se demonstram.
A Maria, empregada de Pernambuco, estou cá há duas semanas que me serve as estrellas (1), tem um ar graciosamente sensível, ondula a sua maravilhosa bunda por entre as mesas & a simpatia dos clientes que surgem como cogumelos neste fim de tarde e ainda à pouco se lembrou de me trazer a caixa vermelha dos guardanapos de papel, que simpatia de menina. ( É tão fácil dispor bem um outro ser humano, com um simples gesto de atenção, não é? ) Alguns destes amigos vêm do trabalho e falam alto entre eles, como se tivessem muitas coisas adiadas para dizerem. Outros mais cansados aparentemente, agarram-se com afinco aos telemóveis e vice-versa & também ficam presos a uma atenção tão demorada que me deixa derrotado, mas logo recupero.
O copo amarelo pela cerveja, os tremoços tb amarelos, ambos juntos bem equilibrados em cima do corrimão branco da varanda com minúsculos espelhos, onde os azuis do mar se refletem e parecem eternos. E a sinfonia dos maravilhosos sons das ondas d´encontro aos meus 2 ou 200 ouvidos expectantes. Como é tão bom estar vivo. E o tal barco, feito de nevoeiro e magia voltou ao início, desliza agora outra vez no mesmo caminho outro.
- Maria, já reparou naquele barco além?
- Desculpe, sr., mas não vejo barco algum.
Entretanto: o jantar, algo comestível com um “Cabriz”(2) tinto que foi a empregada de avental preto que sugeriu ( a Maria basou, nem gorjeta levou), mas quanto ao prego a parte da carne nem se via praticamente que o digam os talheres. Como só consumo cadáveres raramente, não houve problema de maior, embora tenha assinalado a “gravidade do lapso” ao empregado que fez a fita de se mostrar servil, nem era preciso tanto pensei eu para com os meus botões, depois de um sorriso q.b. compreensivo & implicitamente altaneiro de cliente de fora, para concordar com o teatro.
Entretanto o ar escureceu de todo, nem horizonte, nem gaivotas, apenas umas luzinhas dispersas são barcos de pesca nesta zona ainda são possíveis embarcações pequenas onde meia-dúzia de pescadores salvam muitas vidas nos pratos dos restaurantes à beira-mar plantados à espera dos lucros, obviamente, venham os turistas, por aqui ainda há peixe fresco, serviços baratos, aproveitem que 1 dia destes nunca se sabe, até quando será?
Distraí-me a olhar o mar, um barco na luz, e eis-me então agora no laço final: café curto & Jack Daniel`s, com uma pedra. De gelo, feito com água da Serra da Estrela, gosto de saber estas coisas.
Antes de me ter despedido
do local, ainda olho + uma vez para o tal barco, parecia parado antes de o
fixar, o barco e a sua viajem, agora tudo é luminoso e entre este e as águas
que o transportam não há intervalo que
se vislumbre tudo é uníssono e caminha através de um tempo novo para os hábitos
que aconteciam. As novidades aproximam-se já estão neste Mundo tudo começa a ser um
outro modo de respirar, de estar aceso & vivo: frequência e ritmo, uns estão outros não.
Aos poucos, todos ou quase todos verão o brilho de que são feitos há novas luzes que estão a entrar. Estejam abertos e em paz pois falo-vos com as duas mãos nuas e um coração dourado. Privilégios de quem sabe apenas ( e já é tanto!) ser um meio para que as águas luminosas se espalhem, ninguém é uma ilha, ninguém é perfeito. Todos procuramos amor & aceitação. “Fortalecer e Crescer, apoiar e capacitar”. Eis um lema, um contrato diria aceitável, nos dias que correm.
Aos poucos, todos ou quase todos verão o brilho de que são feitos há novas luzes que estão a entrar. Estejam abertos e em paz pois falo-vos com as duas mãos nuas e um coração dourado. Privilégios de quem sabe apenas ( e já é tanto!) ser um meio para que as águas luminosas se espalhem, ninguém é uma ilha, ninguém é perfeito. Todos procuramos amor & aceitação. “Fortalecer e Crescer, apoiar e capacitar”. Eis um lema, um contrato diria aceitável, nos dias que correm.
- andas a correr? onde queres chegar?
(1) cerveja da Galicia ( Espanha).
(2) vinho da zona do Dão, Portugal.
Nota: Existem hiperligações. Como em muitos textos anteriores.
Nota: Existem hiperligações. Como em muitos textos anteriores.
Rascunho Nº15
Out. 2018
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