j. a. m. https://youtu.be/eetjwcRph-w |
29.12.17
26.12.17
~ não sei se volto a voltar ~
Há coisas do diabo. Algures no Brasil cheguei a estar no Paraíso. E regressei. Agora encontrei outro Paraíso. Não sei se volto a voltar.
Começo por um dos lados:
o mar sem fundo, no compasso di roncu di
mar [1] a chegar claraMente até mim. Depois há coqueiros esguios, altaneiros nas suas
tranquilas danças com a aragem muito ao de leve, afinal quem sopra por lá? E
há as tamarineiras com os fortes
braços erguidos para os céus & os seus frutos curvados doados à espera de quem
lá chegue. Palmeiras com as suas folhas dobradas em devoção às 7 portas que
iniciam as noites. Balançam-se também aos sons do mar, da lua que começa a ser
maior no céu indefinito do meu olhar.
Estou nu, sentado com as patas apoiadas na varanda azulzíssima e tomara eu estar assim tão nu por dentro. Agora vou colher uma cana de açucar aqui do meu quintal e depois talvez vá soprar uma flauta vazia por aí adiante.
Olhando, escutando, aprendendo a ser mais.
O pássaro que me visita
todos os dias, merece agora toda a minha atenção. E ele já está ali, na sua
árvore de eleição, misturado com as flores vivas cor-de-laranjas-acesas, pelo
meio da folhagem verde escura porque efetivamente já é noite e tudo está
demasiado claro para mim.
de: j. a. M. & Victor M.
(Sidády Vêlha. Ilha de Santiago. Cabo Verde. Rascunho.2008/2017)
22.12.17
15.12.17
cheguei hoje a São Jorge dos Órgãos para ver as árvores
Cheguei hoje,
atenciosamente recebido pelo chilrear dos pássaros que acordavam o dia, a São
Jorge dos Órgãos para ver árvores. Também.
A viagem em
“Hiace” demorou e não demorou como é natural por estas bandas, com vizinhos
sonolentos como eu e o meu grande malão (é o boby tem 4 rodas,
trela & tudo) cheio de pedras preciosas, joias de ouro muitas e de pratas
algumas, falo metaforicamente, também seixos plebeus colhidos em costas
marítimas pelo mundo a fora a mala pesadíssima lá atrás,
encostada a um porku branco que às vezes rosnava para o
silêncio dele próprio.
A certa altura, o
condutor parou numa povoação cheia de buganvílias, São Domingos, fez um gesto
geral com os dez dedos no fim dos braços levantados e cada um foi à sua vida
por uns momentos. Numa pequena tenda montada em plena rua por ali à sombra de uma
buganvília com flores cores de curcuma, que me seduziram vê-se bem porquê,
decidi-me por um pastel de milho ainda morno e um ponche de coco que a patroa
garantiu ser safra dela e seu marido lá para,,,,e apontou 1 dedo para um local
algures , que logo imaginei ser agradável ir até lá um dia destes. Este
encontro realmente caiu-me muito bem, entrelaçado com as várias fragâncias no
ar e um grupo de “batukadeiras” ali perto, a explodirem sons a condizer.
Regressados ao
veículo, voltámos a amontoar-nos como podíamos todos com a natural morabeza que
eu aprendia devagarosamente e ainda estou a ouvir as “tabankas” do rádio,
que parecia já ter uma incerta idade, ou seriam cassetes? acompanhadas pelo
leve resvalar do veículo pela estrada acima que nem uma seta q.b. por dentro do
nevoeiro que às vezes se esquecia de o ser, e então apareciam montanhas verdes
muito altas algumas, quem o haveria de dizer, e casas perdidas sozinhas por lá,
onde só as portas e as janelas tinham cores, e que cores! e as paredes
levantadas prolongavam os tons da terra.
Nota: O título faz alusão ao único jardim botânico do país, sonho realizado em 1983, pelo franco-português Luís Augusto Grandvaux Barbosa, onde podemos apreciar inúmeras plantas endémicas e árvores, como jacarandás, cabaceiras,dragoeiras, acácias, etecetera.
José Alberto Mar
(
Cabo Verde. Ilha de Santiago )
11.12.17
~ castanhas, amarelas, verdes, vermelhas ~
As folhas despedem-se das suas árvores
castanhas, amarelas, verdes, vermelhas
às vezes
um adeus de sombras a voarem.
às vezes
um adeus de sombras a voarem.
(vadias pela aragem enquanto a terra não lhes dá colo)
Naturalmene despidas, as árvores abraçam o frio.
(?-J. A. M.)
8.12.17
é Inverno = Está frio = Pessoas de boas Vontades: juntemo~nos.
desenho: J. A. M. ( 1780 ) https://youtu.be/Jqk7PXMBQc4 |
29.10.17
série: pequenas sabedorias ~ series: small wisdoms.
Obra de : J. A. M. ~ Power of the Heart | Poder do Coração.https://youtu.be/q0xU6T2pAnA |
11.10.17
1.10.17
26.9.17
24.9.17
~ alguém passeia-se porque lhe deu para tal ~
alguém passeia-se algures por caminhos
e paisagens onde há pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de repente, por
algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as suas mãos,
o olhar turva-se pelo brilho que o sOl, atento a tudo onde há vida, lhe oferece
no mesmo instante e depois
há quem veja logo ali um presente, há quem não dê
conta do vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos,
atirando o pequeno seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu natural ocaso indiferente a tudo isto.
Os hábitos escravizam, tornam-nos
cegos.
Todos os dias acontecem coisas
assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está
acontecendo.
E por aqui os diamantes não têm
quaisquer preços, são iluminadas fontes metafóricas, criadas pela
infindável sede que também habita nos profundos lençóis da Terra:
- quanto demora uma árvore a ser
luz?
(Ourique. Alentejo. Portugal)
alguém passeia-se algures por caminhos
e paisagens onde há pedras pelo chão e acontece-lhe curvar-se de repente, por
algo que o chama sem dar-bem-por-isso e há um diamante entre as suas mãos,
o olhar turva-se pelo brilho que o sOl, atento a tudo onde há vida, lhe oferece
no mesmo instante e depois
há quem veja logo ali um presente, há quem não dê conta do vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu natural ocaso indiferente a tudo isto.
há quem veja logo ali um presente, há quem não dê conta do vislumbre que lhe aconteceu e continue apegado aos seus hábitos, atirando o pequeno seixo para as águas de 1 rio que desliza por ali no seu natural ocaso indiferente a tudo isto.
Os hábitos escravizam, tornam-nos cegos.
Todos os dias acontecem coisas
assim, parecem banais porque são diárias, mas não o são, não.
Nada é banal nesta vida que nos está
acontecendo.
E por aqui os diamantes não têm quaisquer preços, são iluminadas fontes metafóricas, criadas pela infindável sede que também habita nos profundos lençóis da Terra:
- quanto demora uma árvore a ser luz?
(Ourique. Alentejo. Portugal)
22.9.17
Msg a Garcia
A Cerca dos Etnocentrismos
" Uma pessoa precisa viajar. Por sua conta, não por meio de livros, revistas, internet, imagens, ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, o corpo todo e a alma inteira, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Uma pessoa precisa viajar para lugares que desconhece para quebrar a arrogânia que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir lá ver e viver ".
~ in, Mar sem Fim . Amyr Klink ( tradução livre) ~
19.9.17
17.9.17
“ MONTE CARA "
O céu cheio de manchas acinzentadas umas
mais outras menos escuras sobre um fundo que se pressente azul. O “Monte Cara”
sempre pousado na sua lonjura pensativa e sempre tão presente no caroço da alma
de cada mindelense. Os aromas nostálgicos do Ser de uma ilha com as raízes
mergulhadas nas águas demoradas do eternamente mágico oceano, onde já fomos grandes & voltearemos a sêlo.
Os sons de uma morna abrindo a noite
como quem pede licença para entrar mas já se instalou suave e inteira, abrindo
os braços a quem quiser estar, a menina de camisa encarnada e
mini-saia-azul-abertamente com as duas coxas de ébano polido demoradamente nuas
e brilhantes até um determinado ponto inexato, os dois amigos calados & unidos
a uma garrafa de grogue, a criança de colo ainda, sapatos de serapilheira cor-de-rosa
e quatro totós verde-alface no cabelo encarapinhado, a chupar uma manga pela boca adentro
e uma gota a cair-lhe doucement pelo
queixo até à mão naturalmente aberta da mãe absorta aos sons do Vadú,
unindo-nos a todos num só lugar uníssono e depois lá fora vislumbro através do
feixe de luz da porta com uma nesga aberta, os ruídos dos ilhéus que vão e vêm
dos seus destinos circulares e ali na estrada, agora mesmo, alguém vai sentado ao contrário numa bicicleta que desliza sorrateiramente pelas azáguas afora ~ ~ ~ ~ ~
mas que arte será aquela?
(Mindelo. Ilha de S. Vicente.Cabo Verde)
11.9.17
8.9.17
6.9.17
Mosteiro de Alcobaça
Fotos: J. A. M. |
coisas & loisas atlântidas:
A25-BIS-DR2
& A26-B38-DR13; Viriato; Templários; Bernardo de Claraval; São Mamede; Ourique; rei D. Afonso
Henriques; Fundação do Reino de Portugal; Diáspora; a vós que haveis de ser quinto
19.8.17
17.8.17
Msg a Garcia
Foto: José Alberto Mar ( São Luís do Maranhão. Br.) |
"(…) Olhai, peixes, lá do mar para a
terra. Não, não: não é isso o que vos digo. Vós virais os olhos para os matos e
para o sertão? Para cá, para cá: para a cidade é que haveis de olhar. Cuidais
que só os Tapuias se comem uns aos outros? Muito maior açougue é o de cá, muito
mais se comem os brancos. Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar,
vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer
as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo
aquilo é andarem buscando os homens como hão-de comer e como se hão-de comer (...)"
(Enxerto do Sermão
de Santo António aos Peixes, pregado pelo Padre António Vieira na cidade de São
Luís do Maranhão. Brasil ~ 1654)
10.8.17
20.7.17
23.5.17
Cabeça de Guerreiro com 2 Corações ~ Warrior Head with 2 Hearts.
19.5.17
O meu problema pessoal com as galinhas
Estava prá-ki enlevado sei lá com quê se é que havia tal coisa, quando me
ocorreu - repentinamente – que afinal tenho uma incerta desavença com as
galinhas. Assim à 1ª, a coisa não me parece ser grave, mas eu ká nunca tenho a
certeza de nada. E já comecei a cacarejar justificações até são uns bichos
interessantes, quando estão a comer debicam algo no chão tão rápido que nem
enxergo o quê e depois atiram as cabecinhas para o céu e estão nestas figuras
amiudadas vezes. Nos inícios de tais observações eu olhava - imediatamente ! -
lá pra cima tentando vislumbrar qual era o alvo de tal curiosidade inopinada,
digamos assim, pois eu quando como, habitualmente olho para o que
está à frente do meu nariz e deixo os céus para as ocasiões místicas. Prosseguindo
os acima já citados cacarejos, também gosto das suas penas algumas mais, pois
vê-se ali a mão da mãe-natureza o deslumbre da luz a desfazer-se em cores.
Tive uma amiga artesã, que alimentava uma galinha com o intuito assumido de lhe arrancar apenas uma pena de vez em quando, para os seus colares & akelas coisinhas que lhe davam o pão para a boca. É verdade! Também havia por lá 1 macaco pendurado nas traves da casa, que eram ramos grossos de uma acácia que lhe entrava por ali a dentro para lhe oxigenar gratuitamente o ambiente. Uma vez estava eu e ela esparramados no seu jardim sem cercas que se prolongava por uma floresta a sério cheia de cabeleiras verdes, borboletas estonteadas e pássaros leves a esvoaçarem com as suas cores tudo junto era bom respirar ali e então estávamos nós a fazer o nada e aparece o seu filho, prá-i 9 anos se tanto e deu-me uma lata de coca-cola transformada em cinzeiro para as cinzas do meu fogo no cigarro que ardia alheado disto tudo. O meu preconceito em relação à coca-cola é assumidamente enorme, mas a Brigite sentiu logo a koisa e explicou-me que era a maneira do menino me dizer que gostava de mim e como não tinha + nada , costumava apanhar latas no lixo dos Sr.s lá em baixo na cidade e depois transformava-as no que lhe vinha à cabeça e ao coração e sinceramente aquilo era uma piquena obra de arte. Olhei para a criança como quem olha para um Deus e os seus olhos eram luminosos & felizes e eu,,,eu também fiquei feliz e com a voz embarcada num nó cego até ás lágrimas que contive. A mãe sentiu tudo como só as mulheres sabem e ofereceu-me um chá que dividimos pelos 3.
Tive uma amiga artesã, que alimentava uma galinha com o intuito assumido de lhe arrancar apenas uma pena de vez em quando, para os seus colares & akelas coisinhas que lhe davam o pão para a boca. É verdade! Também havia por lá 1 macaco pendurado nas traves da casa, que eram ramos grossos de uma acácia que lhe entrava por ali a dentro para lhe oxigenar gratuitamente o ambiente. Uma vez estava eu e ela esparramados no seu jardim sem cercas que se prolongava por uma floresta a sério cheia de cabeleiras verdes, borboletas estonteadas e pássaros leves a esvoaçarem com as suas cores tudo junto era bom respirar ali e então estávamos nós a fazer o nada e aparece o seu filho, prá-i 9 anos se tanto e deu-me uma lata de coca-cola transformada em cinzeiro para as cinzas do meu fogo no cigarro que ardia alheado disto tudo. O meu preconceito em relação à coca-cola é assumidamente enorme, mas a Brigite sentiu logo a koisa e explicou-me que era a maneira do menino me dizer que gostava de mim e como não tinha + nada , costumava apanhar latas no lixo dos Sr.s lá em baixo na cidade e depois transformava-as no que lhe vinha à cabeça e ao coração e sinceramente aquilo era uma piquena obra de arte. Olhei para a criança como quem olha para um Deus e os seus olhos eram luminosos & felizes e eu,,,eu também fiquei feliz e com a voz embarcada num nó cego até ás lágrimas que contive. A mãe sentiu tudo como só as mulheres sabem e ofereceu-me um chá que dividimos pelos 3.
Afinal, a bem dizer, eu até gosto das galinhas,
a maneira como se deslocam com as duas patas indecisas parecem à toa mas isso
não passa de uma perceção pois suspeito que só vejo aquilo que sou, digamos assim, e aí há que
ter uma certa parcimónia nas coisas dos julgamentos, juízos de valor, essas
lérias. Mas.
(...) Ainda não vos disse o que me trouxe até este recinto de desabafos para
finalmente vos dizer que são precisamente 5 h. & tal da noite e ainda estou
prá-ki com as minhas irmãs galinhas que são muitas no meu quintal, sem medos dado que eu não as papo já faz um tempo que estava sentado à sombra
de 1 pinheiro que também habita comigo ali no canto onde lhe deu para estar e
dá-me pinhas ás vezes uma vez por ano também me oferece pinhões que eu amontoo
numa tigela azul & branca da dinastia Ming foi uma
namorada chinesa mesmo da China que ma deu o pai era podre de rico, segundo
ela, mas fiquei sempre na dúvida se a peça era realmente verdadeira ou não, mas
como não ligo a tais valores , o que me agradou foi a beleza da peça. À
superfície na epiderme colorida, o branco e o azul entrelaçados como fios de
cabelos ondulados parecem dançar uma música que só ouço às vezes quando o
silêncio à-volta se fecha e estou muito dentro. Quando acumulo forças
suficientes pego nos tais pinhões ás mãos cheias e quebro-lhes as couraças, um a
um atentamente, com uma pedra de estimação que tenho sempre à mão de semear
para ocasiões mais determinantes.
Depois desta ocasional divaganção retorno à
cabeça da pescadinha de rabo na boca que agora com o tempo já é uma serpente a
morder a cauda que dá veneno que também pode ser remédio tantas vezes se dá este
caso esotérico, digamos assim, o que nesta realidade pretendia dizer é que elas, as minhas amigas
galinhas, têm uma relação íntima visceral com o Sol, que eu naturalmente também
mantenho com todo o apreço deste mundo & dos outros, mas também gosto das
estrelas e da lua e dos silêncios azuladamente brilhantes quando o são outras
vezes nem por isso acontecem estas circunstâncias de 1 gajo estar ~ graças a
Deus ~ a viver mesmo vivo no meio destas montanhas onde o meu patrão sou eu
não.
( rascunho) J. A.
M. 07-04-2017
12.5.17
Cinturão de Asteróides ~ Asteroid Belt.
CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DA RAINHA (CCC) LINK: http://www.ccc.com.pt/exposicoes/a-decorrer/1133-exposicao-labirinto-de-luzes-de-jose-alberto-mar?showall=&limitstart= |
11.5.17
~ O Espanto Deitado ~
Primeiro
foi uma sensação a veludo nas mãos, a carne à flor da pele era macia de um modo
tão suave a pedir só mansidão e elas, as mãos, transcorriam bêbedas com todos
os seus 10 dedos nas polpas sensíveis cada vez mais e eu lá ao fundo, no final
da sensação, deixava-me navegar com toda a preguiça esboçada do mundo, por este
mar de novidades que aquele corpo me emprestava no silêncio ofegante da noite.
E ela estava deitada, absorta no seu sonho inteiro de ser escultura para as
minhas mãos, e eu sentia-a a crescer nos ritmos da respiração e de um lado e do
outro ambos éramos mais próximos, como se houvesse uma indeterminada luz pelo
meio, que ambos tínhamos de possuir, precisamente ao mesmo tempo.
Tudo ilusão. E, no entanto não era. Eu estava ali, ela também, éramos dois
corpos com as portas abertas ao Mundo. A aragem das mãos esvoaçando sobre a
pele de veludo era o que sobrava do silêncio de chumbo, onde os nossos corpos
jaziam. Havia entre nós, um nó inteiramente aceso por dentro, onde as línguas
mais apuradas já não dizem palavras.
E os gestos criavam outros mundos, onde só nós cabíamos, onde só nós éramos
quase perfeitos, à espera de o sermos.
J.A.M. (2007;2010;2017)
Swinging the Universe ~ Heart Drum
ARTEINFORMADO (Spain ) ~ http://www.arteinformado.com/agenda/f/labirinto-de-luzes-laberinto-de-luzes-labyrinth-of-lights-dedicada-ao-genio-de-rafael-bordalo-pinheiro-138099: |
9.5.17
~ DIVACANÇÃO ~
a varanda é branca com o Sol estampado ainda por cima e
depois há o azul-cobalto das águas do mar e ainda depois há frondosas árvores
emaranhadas nos seus verdes a erguerem uma montanha até a um imenso céu, onde
me esqueço
&
só muito tempo depois
(felizmente)
acabo por cair
em mim.
Aqui ao lado, as folhas das palmeiras continuam penteando a aragem que corre atrás de si e por vezes, alarga-se até à mesa e leva-me as folhas e as palavras, o que me importa?
Aqui ao lado, as folhas das palmeiras continuam penteando a aragem que corre atrás de si e por vezes, alarga-se até à mesa e leva-me as folhas e as palavras, o que me importa?
Na rua as pessoas passeiam-se devagar no meio do tempo, saboreiam os encontros,
pousam aqui & acolá, trocam poucas frases poucos gestos coisas simples como
um sorriso na caminhada, já é Tanto!
1 pescador idoso de boné vermelho e corpo calado está esquecido ou estará a
lembrar-se, a olharolhar o mar como se lesse um texto.
Há em tudo uma paz que parece impossível aproximando-se ao absorto sopro de um
deus abandonado por aqui.
J. A. M.
Gaigu. Br.
(Brasil. Estado de Pernambuco - 2004.Alterado a Abril.2017. Alterado 14-4-17 )
3.5.17
28.4.17
26.4.17
~ Tríptico às Imagens Nuas ~
LABIRINTO DE LUZES ~ LABYRINTH OF LIGHTS
20.4.17
QUANDO NO CORAÇÃO HÁ CHAMAS
18.4.17
Flor de Maracujá
17.4.17
lampião ou sol ou farol
J. A. M. ( foto trabalhada) https://www.youtube.com/watch?v=u9Dg-g7t2l4 |
16.4.17
Msg a Garcia.
medite no ser luminoso que resplandece nos recessos do
seu coração. Ao identificar-se com ele, não estará mais confinado ao corpo ou à
mente. Vai transcender todas as limitações. Por trás de cada uma e de todas as
ondas há um oceano. Se você olhar além da forma da onda, que parece separá-la
do todo das águas, irá reconhecer a sua unidade com o oceano.
( Swami Satprakashananda )
( Swami Satprakashananda )
15.4.17
série: pétalas Caídas.
Há coisas que acontecem.
Há coisas que não acontecem.
Entre
elas, a luz derradeira a mais simples
Luzas esplêndidas aranhas solares expandindo as teias
à nossa volta ainda os véus impostos da escuridão
erguidos por afortunados ventos dos desertos
das almas que viajam pelas fontes
onde me perdi para Te encontrar
e agora sou o diabo, o anjo negro transformado
em mais um deus, graças a deus, sem quaisquer poderes
nos teus frondosos braços há oásis
onde pouso as asas quando as noites são translúcidas
e então, eu lhes abro minha atenção
e depois sei como regressar aos voos
o tempo é uma pérola abismada no meu bico
& todas as aves dos céus sem fim
subitamente iluminam as minhas asas
com a felicidade das coisas assim.
luz derramada sem asas
Oh, como a Luz de deus é brava
fustiga com chicotes os cometas as sombras
esvoaçando á toa
perdidas caídas
nos espelhos velozes
destes dias assim.
eu sei eu não sei eu sinto eu vejo
como a Terra voa em tantas asas
como há de raízes & árvores e pássaros
a cantarem as madrugadas
e no meio, no centro inexistente de tudo
há um olho fechado ~ eu vejO-te
para que o sonho que já está aqui
seja lento a poisar sobre os prados
e as pessoas quando se olharem ao olharem
se tornem cegas e mais inteiras numa outra
luz.
de repente, tudo voltará a ser. Como sempre
talvez, para muitos.
( 29-03-2017. 3 h 47 m.)
Msg a Garcia.
“ A vida é uma dança cósmica sobre a cabeça da agulha da eternidade.”
“Even the strongest blizzards start with a single snowflake.”
( Sara Raasch )
9.4.17
5.4.17
série ~ pétalas Caídas
Depois de tanto tempo
fustigado pelas luzes
akabas por atinar.
A tina é um vaso onde
os aromas das flores
as cores luminosas
os sóis para as abelhas
levarem o mel
à rainha.
A bem dizer, o ouro.
- 1/2-4-17 -
3.4.17
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