José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

10.4.11

Poema ao deus-dará



 São 5 H. da manhã & é noite fechada
e há um nó de silêncio iluminando tudo.

1 astro ancorado nos olhos
diz "NÃO"
a este Mundo medonho
das europas & amérikas  no estertor da doença
mais funda: a do espírito
que está a murchar, sem
mais nada  para dar.

Não me venham com mais imagens
das glórias que se apagam de vez
sobre  as ruínas de pedras
já sem vida.

Todos os Impérios  vão à vida 
e vão à morte
em cada gesto hediondo, todos
os dias  já são
assim-assim,
sem vocês,  darem por disso.
E a História, não está : Viva !
nos vossos palácios,  nos museus,  livros, por aí..
bem guardada em baús de cimento dourado
A História, quando "está", prolonga-se
nos actos de quem sente
o dever & o direito
de lhe Dar : outras Novas Luzes.

Estais a morrer, aos poucos
muitos de vocês já morreram, mas ainda
não o sabeis, e nem é essa  a questão
a verdadeira Questão é que os nossos
  filhos talvez não tenham tempo
de resgatar tantas mortes erguidas como glórias.
A juventude ofusca-se  (
vocês lembram-se?)
com as 1ªs luzes,
e  terão  eles tempo para o tempo
que irão ter mais tarde

Só Vocês, OH! Sr.s deste antigo & cancrominado
lugar do Mundo
só alguns de vocês ainda
talvez possa  re+parar nas brechas
do novo Sol, que já chegou.

Estejam atentos, pois o Tumulto já começou.
Não é tarde nem é cedo,
mas, nenhum  d+EUS  se compadece
com tanta vã loucura,
e há 1 ponto nesta viajem
em que o mal se desmorona
e

o que ainda é tudo
já não poderá ter regresso
algum.

 

ACORDEM ! , desse sono de mákinas desalmadas
Comecem a Ter Respeito por TUDO
o que na vida a Vida tem
!


 


( 1 dia destes, ireis completamente perdidos & real  mente  Sós,
para  Outro Mundo, e nada Alí, 
Re Conhecerá o vossa vã ganância "disto",
apenas "isto",
  que sois ?
agora) .



. (publicado em
"Portal Mhário Lincol ". Brasil,
- 23-Set.-2007)

.

1 comentário:

  1. Sabemos
    dos ventos que ondulam trigais.
    Sabemos das sementes
    que da terra brotam
    verdes erectas a germinarem seu fruto
    como quem respira o primeiro ar.
    Sabemos dos voos das folhas
    de encontro aos astros. Das estrelas
    do mar.

    Sabemos do suor feito mágoa sofrida
    em músculos humanos por quotidianos
    agrestes – corações ceifados.
    Sabemos das notícias dos jornais
    de terras irmãs em poucos segundos
    reduzidas a escombros.

    Sabemos que a perda da esperança deflagra
    como bomba dentro de nós.
    E que tudo se perde quando se perde a paz.

    Sabemos dos fabricantes de ruínas.
    Sabemos do sangue esvaído na luta pelo pão.
    Sabemos que as sementes
    florescem do entreaberto da nossa mão.
    Sabemos caminhar com braços dados
    a olhar em frente.
    Sabemos cerrar os lábios.

    Sabemos dos horizontes claros.

    Sabemos. E por aqui andamos no entanto
    a mascar do dia-a-dia o tédio que nos dão.
    a roer quotidianamente as unhas
    com os braços caídos dos ombros inquietos
    ao longo do corpo
    divorciados dos braços dos outros.
    Até quando?

    Até quando? Andaremos por aqui dia após dia
    na ânsia esquecida
    de que é urgente povoar de mil rostos
    a escuridão
    na mesma vontade única de ventura vivida
    sobre a terra …

    Para quando?
    O combate assertivo.

    Para quando?
    As janelas abertas à luz.

    Para quando?

    (Eugénia Soares Lopes | Abril. 2011)

    ResponderEliminar