(...) hoje passeando-me aolongo da praia até a um lugar que fixei longe no início do exercício e onde cheguei cumprindo uma promessa que fiz tacitamente com o meu corpo, então os meus eus & ele lá fomos todos e voltámos, mas nos entretantos
que me foram acontecendo, houve uma silhueta de mulher muito bem desenhada à minha frente, passeando-se também, de onde se destacava de um modo espantosamente evidente, uma bunda bamboleando-se num ritmo mt bem balanceado. Mas que linda bunda, depois de uma cintura estreita (que me pareceu alheia a tal facto) e ali ia ela - a bunda, claro - tão viva realmente tão cheia de personalidade própria.
"a Beleza derrota-me", desabafo às vezes entre amigos do peito e ali fui, atrás daquela bundinha, mas no meu ritmo passeante, desde o início imposto por um dos meus eus ao meu dito corpo. Ao aproximar-me, o que aconteceu após milhares de miradas e inconsequentes pensamentos, voltei a desenhar-lhe os contornos desde a mancha de cabelos presos lá no alto, passando pelos ombros e depois desci pelos braços que remavam cada um no seu equilíbrio, depois kaí ! num gesto + rápido, pelas linhas quase paralelas marginais das costas, onde estanquei o incêndio no olhar para, continuar a ver com os olhos mais iluminados pelo meu sol de dentro e o nosso comum sol de fora, aquele mundozinho mui único daquela bunda e por aky já ia aos pormenores, as duas linhas uma de cada lado que re+matavam os 2 volumes redondinhos e depois só para ter uma noção mais completa da totalidade, acabava por desenhar-lhe de uma só penada, ambas as pernas que encaminhavam a obra.
Quando a ultrapassei, dentro do meu constante ritmo próprio, depois de um outro dos meus eus ter convencido um dos meus eus anteriores que esteve na chefia por momentos, de que não se deve mesmo ser escravo de nada, mesmo que esse nada seja a Beleza
- quando surgiu o momento de a deixar para trás, dizia eu, aparece-me um outro de mim a tentar abrir-se às vibrações, aos possíveis aromas astrais daquele corpo, diria agora : daquele ser humano que me tinha arrancado um bom pedaço do tempo da minha vida e me tornara demasiado exclusivodimais para quem gosta como eu, no geral dos meus eus (onde parece-me já haver uma certa unidade) de absorver-me em muitas coisas com a concentração centrada lá nas próprias e ir saltando daqui para acolá, quando não me dá mesmo para dançar entre essas coisas & loisas do Mundo.
E, afinal muito francamente cheirou-me a nada.
Mas.
Tudo vale a pena, quando há uma bunda destas à mão de semear dos nossos 2 olhos mortais que 1 dia destes a terra há-de comer (...)
que me foram acontecendo, houve uma silhueta de mulher muito bem desenhada à minha frente, passeando-se também, de onde se destacava de um modo espantosamente evidente, uma bunda bamboleando-se num ritmo mt bem balanceado. Mas que linda bunda, depois de uma cintura estreita (que me pareceu alheia a tal facto) e ali ia ela - a bunda, claro - tão viva realmente tão cheia de personalidade própria.
"a Beleza derrota-me", desabafo às vezes entre amigos do peito e ali fui, atrás daquela bundinha, mas no meu ritmo passeante, desde o início imposto por um dos meus eus ao meu dito corpo. Ao aproximar-me, o que aconteceu após milhares de miradas e inconsequentes pensamentos, voltei a desenhar-lhe os contornos desde a mancha de cabelos presos lá no alto, passando pelos ombros e depois desci pelos braços que remavam cada um no seu equilíbrio, depois kaí ! num gesto + rápido, pelas linhas quase paralelas marginais das costas, onde estanquei o incêndio no olhar para, continuar a ver com os olhos mais iluminados pelo meu sol de dentro e o nosso comum sol de fora, aquele mundozinho mui único daquela bunda e por aky já ia aos pormenores, as duas linhas uma de cada lado que re+matavam os 2 volumes redondinhos e depois só para ter uma noção mais completa da totalidade, acabava por desenhar-lhe de uma só penada, ambas as pernas que encaminhavam a obra.
Quando a ultrapassei, dentro do meu constante ritmo próprio, depois de um outro dos meus eus ter convencido um dos meus eus anteriores que esteve na chefia por momentos, de que não se deve mesmo ser escravo de nada, mesmo que esse nada seja a Beleza
- quando surgiu o momento de a deixar para trás, dizia eu, aparece-me um outro de mim a tentar abrir-se às vibrações, aos possíveis aromas astrais daquele corpo, diria agora : daquele ser humano que me tinha arrancado um bom pedaço do tempo da minha vida e me tornara demasiado exclusivodimais para quem gosta como eu, no geral dos meus eus (onde parece-me já haver uma certa unidade) de absorver-me em muitas coisas com a concentração centrada lá nas próprias e ir saltando daqui para acolá, quando não me dá mesmo para dançar entre essas coisas & loisas do Mundo.
E, afinal muito francamente cheirou-me a nada.
Mas.
Tudo vale a pena, quando há uma bunda destas à mão de semear dos nossos 2 olhos mortais que 1 dia destes a terra há-de comer (...)
(Agosto-2010)
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