José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

25.8.10

regressei ao restaurante da rosa



já há uns bons tempos que não ia a um restaurante chinês sei-lá-porquê,e então hoje deu-me para ir parar ao Restaurante da Rosa, mas afinal a Rosa andava por outros jardins...
Fui imediatamente recebido por uma chinesinha nova lá no sítio que me abriu o espaço com uma simpatia que me surpreendeu. "O restaurante já teve melhores dias," pensei eu cá para com os meus botões.
Sentei-me,é claro retribuindo a simpatia da menina com um sorriso q.b., mas até sincero lá no fundo, apesar das dúvidas anteriormente implícitas. comi algo que até estava comestível, com o complemento directo de 1 vinho branco fresco demais e para enlaçar a coisa,: café & saqué de rosas.

Estava tudo bem, nos intervalos olhava à-volta para aquelas pinturas como quem ainda tem a vã esperança de descobrir algo de novo naquilo e pronto.

Entretanto ponho-me a observar a empregada chinesinha, comedidamente, é Claro (aliás, nem por isso pois a luz não era assim tanta como isso), elegante, fininha, jovem de rabo de cavalo e tentei adivinhar-lhe algo de dentro dela mesmo, para além da manifesta simpatia demonstrada, até há data, interpretada por mim desde o início, como algo de forçadamente elaborado devido às suas circunstâncias, legítimas sem quaisquer dúvidas da minha parte em relação aos naturais mecanismos humanos das sobrevivências.
Não estava a ser fácil, chegar a outros portos... a pikena estava por aqui há 1 ano, respondeu-me, já arranha o português do cardápio e acho que pouco mais & continua a sorrir enquanto lhe falo , mas
com este pessoal nunca tenho certeza alguma. eu olho-a nos olhos e ela "espreita-me".

Consegui há pouca entabular uma mini-conversa com a outra matrona-chinesa que acudiu a uma repentina excursão de clientes. Disse-lhe que era um antigo cliente da casa, perguntei-lhe onde parava a Rosa e ela disse algo de Avero e preparei-a psicologicamente para me oferecer, por decisão própria se possível, o 2º saqué de rosas, que afinal ! depois lá viria aparecer mas ainda a seu tempo, o que no tempo da Rosa era trigo limpo, koisa certa.
Itálico
A outra chinesinha, dava-se em contas destes diálogos, ao longe descansada pelo balcão, - enquanto podia - e olhando-me ou espreitando-me ou já não sei bem. Tudo é sempre tão subjectivo, não é?

Bá-lá, a música? suave & calma. obrigava o grosso do maralhal ali presente (que comemoravam juntos algo importante para eles, mas que eu só entendi não ser um tal de aniversário) a não falarem Alto, graças a Deus, o que eu agradeci muda e convictamente ,com toda a fé deste e do outro mundo, aos músicos chineses, aos deuses chineses e portugueses e a tudo o que podia ter contribuído para tal.

Pedi conta, que remédio ainda com esperanças no que é sempre provável acontecer-me, e o tal saqué de borla Lá Surgiu, En fim, vale mais tarde do que never and never, e rejubilei saborosamente ter reavido um privilégio.
Fiquei com a ligeira e mui passageira impressão, que a chinesa-matrona apenas me obedeceu, o que perante os relatos citados anteriormente, não é facto que me tenha preo cupado mais que o tempo de foguear 1 cigarro já em plena rua coberta pela noite e algumas estrelas.



(agosto-2010)

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