J.A.M.- O Grito (imagem trabalhada.)
Há "gente" que manda na gente, só para se
sentir gente. Eu, cá para mim, não gosto
nada dessa "gente". Prefiro, de longe, a gente que gosta da
gente, sem lhe apetecer mandar na gente. Pois, essa "gente", que só
gosta de mandar em toda a outra gente para se julgar gente, cá para mim, não
são gente, mesmo. Porque se essa "gente" fosse realmente gente,
entendia claramente, que não é necessário haver gente-por-cima &
gente-por-baixo, dado que toda a gente nasce despida e toda a gente vai desta
para melhor, vestida por outra gente.
Mas, porque é que o raio que os parta, dessa
"gente" que continua a mandar em toda a outra gente, não começa por
saber mandar neles próprios, para se tornarem verdadeiramente gente?
Essa
"gente" é mentecapta, muito inteligentes sem dúvida mas com a
inteligência ao serviço da estupidez, têm a lucidez do tamanho da astúcia, são inequivocadamente infelizes,
intranquilos, sem paz por dentro, escuros, desalmados até, mas
nós a gente, que culpa temos disso? Embora essa
"gente" nos castigue
continuadamente por isso.
Gente deste & daquele ramo dessa árvore putrefacta,
crentes disto & daquilo, governantes Grandes & governantezinhos
pequenininhos, lá vê a gente aquela outra “gente” a continuar a mandar para nos
ludibriar, escravizar, espezinhar, ignorar
& roubar a toda a minha nossa gente
(…)
Claro que também há gente que se deixa levar assim, por essa "gente" seguem-nos cegamente e então só
é gente assim-assim entre os muitos
lados das gentes.
Nesta coisa de haver gentes, "ser ou não ser é“ mesmo a questão, pois
cá para mim não há
meias-gentes, propriamente dito.
(...)
(Texto-esboço-inacabado-quiçá-
Agosto.2007. Modificado.2009.Modifica.2017.)