José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

7.4.25

Diário de 3 Gatos

INSTALAÇÃO ARTÍSTICA. Ourique.Santana da Serra. Autor e Foto: J. A. M.

 (folha Nº 13)

(…) Então, hoje ensinei os meus discípulos a plantar 1 carvalho (1 e 2). No novo quintal, que aluguei à Junta de Freguesia aqui da zona, vá lá não foram alarves no negócio até não pareciam políticos (depois, dá-nos umas flores para a festa cá da Terra.  Está bem!).

Não chamei as crianças nem lhes dei secas de aulas teóricas e essas outras tretas que por aí andam nos ensinos oficiais deste ofuscado e bem~dito país, peguei na pequena haste da futura árvoreconstruí um buraco a condizer e eles aconteceram ali a olhar para a circunstância. Depois, fui ao poço com um cântaro e despejei a água que julguei necessária à firmeza da terra abraçada às raízes do novo hospede. Olhei para esta obra na companhia de 4 olhos debruçados, atentos, até vislumbrei como admirados e pensativos, quem o haveria de dizer, tratando-se de gatos.

Confirmado a facto em si, in loco, um dia destes haverá um pouco mais de oxigénio para o Planeta, que bem-precisa! há por aí, pelo Mundo a fora, pessoal a fazer o mesmo, graças a Deus! nem tudo está perdido, penso às vezes em momentos de um inesperado fervor e uma boa dose de subitânea esperança.

Enquanto agora os meninos, refastelados na almofada de flores exóticas, de onde várias cores se desprendem, olham para mim como se eu fosse um ser estranho (…)

 

Francamente... 

 

 

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(1 e 2) A escolha da futura árvore, aconteceu-me facilmente.  No geral, vivo em Portugal.  “A maioria das florestas autóctones do continente de Portugal eram carvalhais. Daí a razão de existirem tantas terras com o nome de Carvalho(a), Carvalhal(ais), Carvalhosa, Carvalhedo(a), Carvalheiro(a), Carvalhinho(a), Carvalhido, e mais especificamente Cercal e Cerqueira que são arvoredos de Carvalhos-Cerquinhos (Quercus faginea subsp. broteroi)." (tradução livre)

Flora Lusitanica é um livro de Félix de Avelar Brotero, com descrições sobre a flora portuguesa, escrito em latim. Obra, publicada em 1804. Tratou-se da primeira obra acerca da flora portuguesa sendo descritas 1885 espécies, muitas delas desconhecidas até então pela ciência, tendo também sido a 1ª que  formulou  uma nomenclatura da  botânica portuguesa.

Nota:. Para os Celtas, especialmente para os druidas tratava-se de uma árvore “sagrada” e há muito a dizer acerca deste assunto, mas por hoje  fico por aqui.

 


( in, Livro inédito do autor:J. A. M.)

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