José Alberto Mar. Com tecnologia do Blogger.

14.9.08

esTá na Hora! Sempre ESTÁ.


À míngua de tãotanto aqui estar

no que é MUITO nesta Vida
Cheio de Sede até à vergonha
de escutar tantas e tamanhas águas

Valha-me Shakespeare:
o seu entendimento
Começa a aumentar: a maré que sobe
Em breve cobrirá a praia da razão
Que agora jaz suja e lamacenta.
o seu entendimento
Começa a aumentar: a maré que sobe
Valha-me o Ser que em viajem
mais uma vez & outra vez seremos
outros corpos presos por um fio unânime
à luz longínqua que já Aqui está.



Vem viajante amiga, vem nua
como a Natureza : nunca te mascares
ou então, transfigura-te em cada instante
com a aragem que passa, o céu assim,
o voo distraído dos pássaros, a voz
dos misteriosos serzinhos que trabalham
nas poucas florestas ainda,
- Deixa-te vir
e que eu saiba estar então acordado
para te saber logo ao chegares
e que a última lágrima amarga do que já fui
caia esquecida no cálice sem fundo
do meu silêncio futuro
e, não haja mais palavras como estas
para redizerem os meus ilusórios limites
ou desafiarem a suspeita vaidade
do que outros possam "ver"
pois, os barcos já largaram das praias
e é tempo de irmos para o mar alto
que nos chama, e se arde! , a chama



Consumido assim, alguém ficará
de braços cruzados
a ver este mundo afundar-se sozinho?

(...)

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